Qual não foi minha surpresa ao descobrir que, quarenta e cinco anos haviam se passado, e eles ainda estavam lá...
Resistiram bravamente às investidas da especulação imobiliária... do progresso...das necessidades políticas e sociais de criar infra-estrutura urbana... malha viária...equipamentos sociais...
Resistiram e permaneceram em estado de alerta: testemunhas oculares da minha infância e do implacável fluir do tempo.
A Praça Castilhos França, no bairro da Tijuca, no Rio, hoje já não é mais a praça que me viu brincar até os onze anos de idade: perdeu árvores, perdeu o laguinho, perdeu as áreas gramadas.
Trinta e quatro anos de exílio, e a reencontro seca como uma paisagem de outono.
Aposto que se tornou mais conhecida como “a praça que fica na Estação Afonso Pena do Metrô.”
No entanto, lá estão os cães de bronze: espólio da memória, estuprada pela dimensão fenomênica da vida.
Hoje, mais do que nunca, entendo o poeta Carlos Drummond de Andrade:
“Itabira é apenas um quadro na parede. Mas como dói”.
Resistiram bravamente às investidas da especulação imobiliária... do progresso...das necessidades políticas e sociais de criar infra-estrutura urbana... malha viária...equipamentos sociais...
Resistiram e permaneceram em estado de alerta: testemunhas oculares da minha infância e do implacável fluir do tempo.
A Praça Castilhos França, no bairro da Tijuca, no Rio, hoje já não é mais a praça que me viu brincar até os onze anos de idade: perdeu árvores, perdeu o laguinho, perdeu as áreas gramadas.
Trinta e quatro anos de exílio, e a reencontro seca como uma paisagem de outono.
Aposto que se tornou mais conhecida como “a praça que fica na Estação Afonso Pena do Metrô.”
No entanto, lá estão os cães de bronze: espólio da memória, estuprada pela dimensão fenomênica da vida.
Hoje, mais do que nunca, entendo o poeta Carlos Drummond de Andrade:
“Itabira é apenas um quadro na parede. Mas como dói”.
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